sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

TEXTO 01 Isaías: 60 1-5: 18-22




O povo de Israel viveu por muito tempo no deserto, passou por muitos lugares, percorreram por muitas terras estranhas, foram provados, foram testados, foram forjados. Imaginem viver uma vida andarilha em uma direção que não se entende, numa esperança, para muitos, incerta. Imaginem olhar para frente e nada encontrar, olharem para trás e nada, e muito menos nos lados. No meio do nada, mas, contudo andando, tentando. Alguns pregam hoje esse deserto, outros preferem ater-se em outras coisas. Não estou aqui para dizer que os outros, diferentes de mim, estão errados. O que há nos corações deles só é compreensível ao Senhor. Eu sou apesar mais insignificante diante do Deus maior e de seus mistérios para cada um ser desse mundo. Eu pessoalmente prefiro parar e refletir sobre o que acreditar e como acreditar. Muitos falam que o povo de Israel foi um povo ingrato, uma vez que Deus estava com eles e tudo que pediam Deus os dava. Eu pessoalmente reflito sobre como pode um povo ter tudo e viver em um deserto? Como posso entender isso se diariamente vivo meus desertos existenciais? Será se sou tão diferente do povo de Israel? Será que diante dos meus desertos sempre honro meu pai diferente do povo de Israel? Não sei vocês, mais eu pessoalmente desonro sim o Pai. Eu sim sou um filho ingrato! Sabe porque? Porque eu cometo diariamente coisas que o meu Pai desaprova. Você deve se perguntar porque sou tão burro em viver no mesmo erro? Como posso conhecer da palavra e ainda assim continuar com velhos hábitos? Muitos talvez sejam melhores que eu, portanto essa palavra não serve para eles. Mas eu assumo, sou pecador. Eu erro muito, contudo na mesma proporção me arrependo diante de meu pai. Davi não foi um homem que teve uma vida ilibada, passou longe de ter a perfeição humana, contudo foi tido como o Homem segundo o coração de Deus. Segundo o coração de Deus não porque Deus como nós e falho, mas porque aprendeu um dos ensinamentos mais importante que Arrepender-se. A natureza do homem é ruim, estamos separados do pai até que nos arrependamos. Contudo muitos devem estar pensando que essa palavra não serve para si, pois já entregou seu coração ao pai e vive por ele. Porém eu vejo um pouco diferente. Mas viver uma vida de festa, noitadas, drogas, fornicação, adultério e muitos outros e se arrepender dessas coisas, e não cometer as mesmas coisas do passado não são o suficiente para mim. O meu Deus pode ter o poder de transformar a minha alma por inteiro em estalar de dedos, contudo não é esse tipo de transformação que eu tenho vivido e visto em outras pessoas. O Deus que eu sirvo me molda de forma gradual as minhas compreensões do que vivo. O meu Deus quer me forjar, me lapidar, direcionar o meu caráter para ele e por ele. Como o meu Deus não é mal educado, ele me trata diariamente. As minhas condutas anteriores ficaram para trás, vivo outra vida, sou diferente porque me arrependi e tomei a minha decisão de não persistir no mesmo erro. Mas entendam, eu escolhi viver uma vida diferente, isso mesmo, Eu, mediante o livre arbítrio que o pai concede a cada um. Eu decidi “sair do mundo” e viver em Deus, porém ainda não estou pronto! Agora é Deus a tratar o meu interior. Aquele que toma a decisão de seguir a Deus com coração sincero sai da sua condição de criatura para a posição de filho, cabendo o pai consertá-lo. È como uma ferramenta defeituosa que tem que voltar ao fogo e ser remodelada por seu ferreiro. O primeiro passo é o homem quem toma, contudo o segundo é Deus. Pela a minha escolha humana decido sair do mundo, contudo é necessário que o mundo saia de dentro de mim, e isso só é possível mediante o trabalho do Espírito Santo no mais profundo do meu ser que só o pai conhece. Posso ser uma benção dentro da igreja, as pessoas podem ver em mim um referencial, posso falar com autoridade em nome de meu Pai, contudo sou pecador como aquele que entrou pela primeira vez na igreja hoje. Eu não sei vocês, mais não me acho melhor do aquele que esta ali na porta querendo entrar. Não me sinto melhor por ter um motivo justo para viver enquanto outros não. Não consigo me enxergar tão diferente deles. Sou tão pecador quanto, contudo me arrependo diariamente a meu pai. Tento diariamente do fundo da minha alma ser melhor, mas quando acho que venci a vida ela me prova que não devo ser soberbo. Não seja um crítico das coisas do senhor, não rotule determinado povo com sua justiça própria, não olhe para seu irmão e tente enxergar o que falta para ele ser uma benção, mas seja uma benção para ele. Por mais que a nossa natureza seja má, a palavra diz que o inferno não prevalecerá, essa é uma promessa de teu pai, creia nela. Viva o corpo de Deus.


Não vos conformeis com o pecado.

Somos apenas servos do Pai. Servo mesmo. Nosso rosto deve estar no chão diante da presença de nosso pai.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O homem em si precisa de algo para amar


O homem em si precisa de algo para amar

O homem enquanto criatura de Deus apresenta uma ligação de dependência muito grande com seu criador. Essa relação é estabelecida antes mesmo de seu nascimento, porém empiricamente consolidada no dia-a-dia em situações cotidianas que muitas vezes nem percebemos. A presente relação de dependência é relatada em letras de músicas tais como: “assim como a corça anseia por água, como terra seca precisa da chuva, meu coração tem sede de ti...”. De fato quando experimentamos de Deus, nunca mais somos os mesmos, nos tornamos a partir daí sedentos dele.

Então é uma questão temporal que nos permiti após uma experiência com Deus, tornarmos-nos sedentos por ele?

Por exemplo: Um dia qualquer uma pessoa (que sempre teve uma vida “normal” negando a existência de Deus) vai ocasionalmente a uma igreja, no momento do apelo ela sente o desejo em seu coração de “aceitar Jesus”. Foi naquele momento pela ação do Espírito Santo que aquela pessoa experimentou de Deus pela primeira vez e tornou-se sedenta de dele desde então? Errado, porque todos os homens da face da terra já experimentaram do amor de Deus seja qual foi o momento, duração ou relevância para ele. Um exemplo disso é um ateu(que sempre sonhou em ter um filho)que tem a felicidade de pegar seu filho recém nascido pela primeira vez no colo. Este homem experimentou do amor de Deus através da felicidade gerada por seu filho, porém para ele esse sentimento é proveniente simplesmente das circunstâncias. Ele amou de forma pura, sem reservas, sentimento esse que não é proveniente dele mesmo, mas de Deus. Se fosse proveniente do homem ele poderia decidir não ter aquele filho e ser completo ou ainda colocar no lugar do filho um objeto e decidir ama-lo da mesma forma para compensar sua perda.

Quando amamos algo, o idolatramos, ou somos obcecados por Coca-Cola e chocolate estamos buscando prazeres estabelecidos a partir de referenciais de sentimento que nos fazem bem. A questão é que todo sentimento bom ao homem tem sua raiz em Deus, ou seja é uma busca de Deus de forma equivocada e inconsciente.

Quando amamos muito uma namorada, um filho, um carro, é inegável que estejamos buscando equivocadamente algo semelhante ao amor que temos em Deus. Buscamos em homens, coisas, sonhos humanos e muitos outros. O problema é quando perdemos a verdadeira essência do amor de Deus, quando esquecemos que Deus tem que ser o único Deus de nossas vidas. Deus quer sim que amemos os nossos, porém ele não se agrada de quando fazemos dessas coisas nosso Deus (ou nossa vida). Deus quer que sejamos dependamos dele. Tudo que é bom ao homem, Deus está ali presente. Se Deus esta nessas coisas o que há de ilícito nelas?


O problema ocorre no momento em que não é mais Deus nossa prioridade. Nós nos tornamos de uma forma bem sutil nossos próprios donos. Não são mais sonhos, expectativas, bênçãos a partir de Deus, mas sim méritos próprios, resultados de decisões e circunstâncias bem acertadas. É nesse momento que perdemos Jesus no caminho. Se perdemos Jesus no caminho na verdade não há caminho algum, há apenas tropeços. Não estou falando de uma vida de morte, doenças, miséria ou algo desse tipo, até mesmo porque tem muitas pessoas que vivem uma vida “normal” sem Deus. Elas conseguem se superar, chorar escondido suas lamentações, se prostituir para suprir suas carências, comer até desaparecer aquele sentimento de depressão, contudo até nessas coisas buscam a Deus. Todos assim como eu perdemos Jesus no caminho, quando buscamos imperceptivelmente ou mesmo erroneamente Deus em outros lugares que não onde ele esta de fato.

Então quando quiser muito uma coisa lembre-se você não esta condenado em querê-la, vez que Deus conhece nossas limitações, porém muitas vezes nossos sonhos não são a forma de verdadeiramente sermos felizes em Deus. Portanto todos os homens são sedentos por Deus, até mesmo aqueles que não sabem. Já aos que conhecem o motivo de sua sede, só cabe a eles alimentar-se da fonte correta e retornar quando não conseguirem acertar.